[…] dia desses, uma equipe de reportagem
de um canal por assinatura veio até minha casa para me entrevistar sobre a Era
Vargas. O repórter que conduziria a conversa advertiu-me, antes de o operador
ligar a câmera: “Pense que nosso telespectador típico é aquele sujeito
esparramado no sofá, com uma lata de cerveja numa mão e o controle remoto na
outra, que esbarrou na nossa reportagem por acaso, durante o intervalo de um
filme de ação”, detalhou. “É para esse cara que você vai falar; pense nele como
alguém com a idade mental de 14 anos.”
Sou cortês, mas tenho meus limites. Quase
enxotei o colega porta afora, aos pontapés. Respirei fundo e procurei ser
didático, sem me esforçar para parecer que estava falando com o Homer Simpson
postado ali do outro lado da lente. Afinal, como pai de duas crianças, acredito
que há uma enorme distância entre o didatismo e o discurso toleirão, entre a
clareza e a parvoíce.
Segundo o repórter, o telespectador típico.
a) tem dificuldade para entender a Era
Vargas.
b) é imaturo.
c) é capaz de entender qualquer
explicação.
d) evita mudar de canal.
e) busca informações históricas ao acaso.
Precisa copiar no caderno o texto? Ou pode ser impresso? Ou só escrever a questão e resposta?
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